Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Ameaça à competitividade do Polo Petroquímico de Triunfo será tema de audiência pública, por Jefferson Klein/Jornal do Comércio

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Complexo gaúcho sofre com concorrência de produtos que entram pela Zona Franca de Manaus MARCO QUINTANA/JC/JC

 

 

A preocupação que o Polo Petroquímico de Triunfo sofra grandes impactos devido ao desequilíbrio proporcionado com a entrada de resinas e produtos plásticos acabados no Brasil, através da Zona Franca de Manaus, a custos inferiores aos dos artigos nacionais por causa de vantagens tributárias já mobiliza políticos e empresários gaúchos. Uma audiência pública para avaliar a queda da produção e das vendas das empresas do polo de Triunfo, bem como os reflexos causados na economia do Rio Grande do Sul, será realizada nesta quarta-feira (31), às 11h, na Assembleia Legislativa.

O pedido do encontro foi feito pelo deputado Miguel Rossetto (PT) e aceito pela Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. O parlamentar já atuou no setor, exercendo no passado o cargo de presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Porto Alegre e Triunfo/RS (Sindipolo). “Queremos compreender o que está acontecendo, para evitar a redução das atividades do Polo Petroquímico do Rio Grande do Sul”, diz o parlamentar.

Ele adianta que participarão da reunião representantes da Braskem (principal companhia do polo gaúcho), de empresas transformadoras de plástico, de trabalhadores e do governo do Estado. Rossetto considera a situação como crítica, pois implica uma perda relevante de arrecadação de ICMS para o Estado. Segundo o deputado, informações repassadas pela Braskem indicam que a empresa recolheu para o Rio Grande do Sul, em 2001, cerca de R$ 2,1 bilhões. Onze anos depois, em 2022, o resultado caiu para em torno de R$ 940 milhões. O parlamentar adverte que esse cenário se deve à redução das vendas do polo petroquímico local.

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