“Se eu quiser vencer uma batalha, eu preciso construir uma narrativa para destruir o meu potencial inimigo.” A frase dita por Lula ao lado de Nicolás Maduro, durante visita do ditador venezuelano ao Brasil, é uma confissão do método usado e recomendado pelo presidente.
Ela passou quase despercebida, porque as reações nacionais e internacionais focaram na aplicação dele ao caso do sucessor de Hugo Chávez:
“Companheiro Maduro, você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela, de antidemocracia e do autoritarismo. Acho que cabe à Venezuela mostrar a sua narrativa, para fazer as pessoas mudarem de opinião… É preciso que você construa a sua narrativa. E eu acho que, por tudo que nós conversamos, a sua narrativa vai ser infinitamente melhor do que a narrativa que eles têm contado contra você… Nossos adversários vão ter que pedir desculpa pelo estrago que eles fizeram na Venezuela.”
Lula, porém, já havia aplicado o mesmo método ao caso de José Dirceu. O presidente declarou, em fevereiro, que o mensaleiro petista também condenado pelo petrolão “não tem que andar escondido, tem que colocar a cara para fora e brigar”.
“Você tem que brigar para construir uma outra narrativa na sociedade brasileira.”
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