Porto Alegre, quinta, 03 de outubro de 2024
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Lula entra em cena para deter Centrão e manter articuladores coesos, por Fábio Grecchi, Ingrid Soares, Renato Souza e Raphael Felice/Correio Braziliense

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Depois de colocar em segundo plano a agenda parlamentar, presidente assume as negociações com o Congresso — sobretudo com a Câmara dos Deputados — para impedir avanço do bloco de Arthur Lira e ajustar o trio Costa-Padilha-Guimarães (crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

 

 

Uma velha máxima do jogo do poder diz que “na política não há espaço vazio”, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até pela experiência que acumula, sabe disso. Mas enquanto se candidatava, nas reuniões multilaterais internacionais, a moderador da paz na guerra da Rússia contra a Ucrânia ou se apresentava como embaixador da preservação da biodiversidade amazônica, o diálogo entre o Palácio do Planalto e o Congresso — sobretudo a Câmara dos Deputados — emperrava. Tal dificuldade permitiu que Arthur Lira (PP-AL) avançasse, fizesse críticas públicas à coordenação política do governo e subisse o preço das reivindicações.

Lula foi obrigado a entrar em campo para ajustar sua orquestra e mantê-la tocando com a mesma partitura. Se o presidente defendeu, em Londres, quando lá esteve para a coroação do rei Charles III, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e Lira elogiou o esforço do líder do governo José Guimarães (PT-CE) em um dos puxões de orelha públicos sobre a dificuldade de fechar acordos com o Planalto, há uma certa cautela em relação à atuação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Colocam na sua conta as complicações que o presidente da Câmara diz encontrar para ajustar uma troca de favores que seja módica para os dois lados, quando o que está em jogo são matérias de interesse do governo.

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