Porto Alegre, quinta, 03 de outubro de 2024
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Grupo de Cid tinha chefes de batalhões, instrutores de escolas militares e ex-assessor de deputado, por Marcelo Godoy e Weslley Galzo/O Estado de Sao Paulo

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‘Estadão’ identificou sete dos dez integrantes do grupo de WhatsApp “Doss”, investigado pela Polícia Federal a respeito dos atos golpistas de 8 de Janeiro, em Brasília.Os dados do grupo de WahtsApp estavam no telefone do tenente-coronel Mauro Cid Foto: REUTERS/Adriano Machado

Investigado pela Polícia Federal, o grupo de WhatsApp “Doss”, do qual participava o tenente-coronel Mauro César Cid, ex-chefe da ajudância de ordens de Jair Bolsonaro (PL), era composto por comandantes de unidades do Exército, instrutores de escolas militares e até por um oficial da reserva que foi assessor parlamentar do então deputado federal major Vítor Hugo (PL). O Estadão conseguiu identificar sete deles.

Em comum, o fato de todos os militares serem Forças Especiais (F.E.), integrantes do Exército especializados em operações especiais, um grupo com forte presença no governo de Bolsonaro – os ex-ministros Eduardo Pazuello e Luiz Eduardo Ramos eram F.E., por exemplo. Entre os identificados pelo Estadão está o coronel de cavalaria Rodrigo Lopes Bragança Silva, atualmente lotado na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas.

Ele acompanhava de perto o jornalista Paulo Figueiredo, que acusava, após as eleições de 2022, os generais do Alto Comando de serem melancias – verde por fora e vermelhos por dentro. O militar comenta no grupo Doss, em 29 de novembro de 2022, que estava circulando uma carta aberta para que oficiais assinassem contestando a atuação do Poder Judiciário no pleito vencido por Luiz Inácio Lula da Silva.

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