Porto Alegre, quinta, 03 de outubro de 2024
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"Absolutamente terríveis", diz relatora sobre conversas de Cid e Lawand, por Taísa Medeiros e Henrique Lessa/Correio Braziliense

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Com a CPMI em curso no Congresso Nacional, a relatora avalia o andamento dos trabalhos e comenta sobre as próximas oitivas (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

 

 

A revelação das conversas entre Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o coronel Jean Lawand Junior, na época subchefe do Estado-Maior do Exército, que indicam a preparação de um golpe de estado são “absolutamente terríveis”. É como define a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro em Brasília, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). “(Nas mensagens) ele estimulava, incentivava, cobrava, de forma muito intensa, a necessidade de implantação de um golpe no Brasil”, diz a senadora, que encaminhou um requerimento para ouvir os envolvidos.

Em entrevista exclusiva ao Correio, a senadora ainda defendeu que a permanência do senador Marcos Do Val (Podemos-ES) no colegiado é temerária. Ela avalia que o senador faltou com as responsabilidades necessárias ao cargo. “Acho que o próprio senador deveria ter a atitude de pedir a saída da comissão”, opina. Do Val faz parte do inquérito que apura as depredações ocorridas em 8 de janeiro, cuja investigação corre em sigilo. Nesse sentido, Eliziane explica que seu plano de trabalho não compreende a solicitação de informações sigilosas do Supremo Tribunal Federal (STF). A relatora acha problemático a comissão ter esses documentos na sua sala cofre com integrantes sendo investigados e com a possibilidade de vazamentos, o que poderia comprometer as investigações.

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