Porto Alegre, sábado, 30 de novembro de 2024
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Toda política é, sobretudo, local, por Murillo de Aragão/Veja

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Lula ignora o ensinamento, preferindo a agenda internacional. Lula (Redes Sociais/Reprodução)

 

 

O paradoxo Brasil apresenta aspectos muito interessantes, quando não intrigantes, e que exigem perícia e expertise na sua interpretação. Por seus aspectos pitorescos e alegóricos, é um país propenso a análises equivocadas. Portanto, cabe olhar a realidade e examinar os sinais do momento de um país, tal qual a donna da ópera, que
é mobile. Um dia Deltan Dallagnol é paladino da Justiça e, tempos depois, é chutado da política sem apelação.

Mas o que proponho é tentar olhar além da curva, além do óbvio ululante de Nelson Rodrigues.

O Índice Bovespa vem subindo sistematicamente e o dólar vem caindo. O índice de miséria caminha para ser o mais baixo em anos. O rating do Brasil melhora pelo conjunto da obra dos últimos anos. O novo marco fiscal está andando, ainda que existam dúvidas relevantes. A autonomia do Banco Central foi preservada apesar do esperneio de lunáticos. E o antirreformismo de setores do governo está sendo contido no semipresidencialismo que, de fato, prevalece no país. A inflação prossegue sendo combatida e os juros devem cair adiante. O agronegócio continua bombando e a equipe econômica consegue construir, aos poucos, uma relação de credibilidade com os principais agentes econômicos.

Assim, o que não está ruim pode ficar bom se os poderes da União, os governadores e forças da sociedade buscarem uma agenda de desenvolvimento econômico e social. A partir de uma simples questão: que país queremos para nossos filhos e netos?

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