Reeleito no primeiro turno de 2022, Ratinho Junior (PSD) segue em lua de mel com o eleitorado local: segundo pesquisa recente do Instituto Paraná Pesquisas, é hoje o governador mais bem avaliado do país. A situação é fruto direto de uma gestão que vem colecionando boas marcas em áreas como a educação (passou de sétimo para primeiro lugar no Ideb, o índice que mede o desempenho escolar no ensino médio). Na economia, o estado deixou o Rio Grande do Sul para trás no fim do ano passado e assumiu o posto de quarto maior PIB do Brasil, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Agora, aposta em privatizações e concessões para atrair novos investimentos e transformar o Paraná no maior centro logístico do país. Na política, tece críticas a Lula e Bolsonaro, embora tenha apoiado este último nas eleições passadas e diga que o governo dele teve méritos. Em entrevista a VEJA, Ratinho Junior diz que quer compor uma frente de novas lideranças, mais moderadas, liberais e pragmáticas, de olho na disputa ao Palácio do Planalto em 2026 — e assume que pode ser o presidenciável que surgirá dentro desse grupo. A seguir, os principais trechos.
Seu nome é cotado para ocupar o espaço do eleitorado de centro-direita no país, caso Jair Bolsonaro seja declarado inelegível. O senhor será candidato a presidente em 2026?
Antes de 2026 temos outros três anos. Existe um mal do político de querer antecipar as fases e meu foco realmente está no Paraná. Mas estou feliz neste novo momento em que o Brasil apresenta novas lideranças, como a dos governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Romeu Zema, de Minas Gerais, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul. Quero fazer parte, sim, de um projeto político para o Brasil. Um projeto político que possa realmente transformar o país, que possa implantar uma agenda positiva, que saia desse negócio de esquerda e direita, de extremismo. Isso é muito prejudicial e não enche a barriga de ninguém.
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