Porto Alegre, sexta, 04 de outubro de 2024
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Estado grande vai ser sempre autoritário, por Pedro Henrique Alves/Revista Oeste

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O Brasil necessita infinitamente mais de Mises do que de Marx. 'É fato que no Ocidente há um horror natural diante do nazismo e do fascismo' | Foto: Reprodução/Redes sociais

 

 

Se pudéssemos resumir de forma bem simplória — mas, ainda assim, fiel — a tese primordial da Escola Austríaca de Economia, poderíamos dizer que é o imperativo de que quaisquer aspirações à planificação central das vontades e escolhas humanas correm rapidamente ao encontro do fracasso econômico. Ao mesmo tempo, massificam os indivíduos por meio do sempre recorrente autoritarismo estatal. Tal imperativo se alarga e nutre infindáveis abordagens nas ciências humanas e econômicas, da praxiologia, conceituada no canônico livro de Ludwig von Mises Ação Humana, à interessantíssima e ainda pouco conhecida no Brasil, “teoria da eficiência dinâmica”, de Huerta de Soto.

Independentemente do que pensamos da Escola Austríaca, de seus desenvolvimentos teóricos e de seus súditos defensores, parece-me salutar nos rendermos à verdade de que poucos ‒ para não dizer “quase nenhum” — dos grandes institutos e escolas defenderam tal fato humano como os austríacos. Aliás, me parece serem poucas as certezas realmente comprovadas nas ciências humanas como a realidade de que todos os planejamentos de controle central da sociedade e da economia falharam, e continuam falhando, miseravelmente — e “miserável”, aqui, não foi um adjetivo a esmo. Experiência após experiência somos lembrados de que as escolhas, aspirações e ações dos indivíduos são, ao final, realmente livres e, por isso, não totalmente controláveis e categorizáveis.

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