Outrora palco de inúmeras glórias tricolores, o Olímpico Monumental é hoje um cenário abandonado, uma nódoa na paisagem de Porto Alegre. À medida que imperam a burocracia e o empurra-empurra do poder público sobre o local, a antiga casa gremista no bairro Medianeira há mais de uma década se desgasta diariamente, provocando preocupação entre vizinhos, que relatam a sensação de insegurança e a circulação de usuários de drogas.
Uma comerciante na rua José de Alencar, onde antes era a entrada principal do Olímpico, relatou que a situação é “horrível”. “Se falava que o estádio seria implodido, mas não foi feito. A prefeitura diz uma coisa e faz outra. Antigamente, os ônibus faziam excursão para cá, era muito bom, aqui tinha vida. Agora, está tudo abandonado”, comentou ela, que não quis se identificar.
Já o empreiteiro João Carlos de Oliveira, morador próximo, afirma que a iluminação pública é precária. Conforme ele, sair de casa à noite é tarefa para poucos. “Até não há tantas ocorrências de assalto, mas queremos nos prevenir”, relatou Oliveira. Colega de profissão de João, Márcio Bernardes Chaves está reformando uma sala na mesma rua para abrir um restaurante em breve. “Mas sei que vai ser um negócio arriscado. Outro problema é a proliferação do mosquito da dengue. Peguei a doença há pouco tempo e tenho certeza que veio dali”, afirma Chaves, apontando para as ruínas.
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