Considerada uma importante bandeira da direita, a militarização da educação já foi colocada em prática por gestões de esquerda, como a dos ex-governadores e atuais ministros de Luiz Inácio Lula da Silva Rui Costa (Casa Civil) e Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), afirma Catarina de Almeida Santos, professora de Educação da Universidade de Brasília (UnB).
Segundo Catarina, que é pós-doutora em Educação pela Unicamp e doutora pela USP, o processo de militarização das escolas brasileiras teve início no fim da década de 1990, havendo divergências se a primeira escola militarizada se deu no Mato Grosso ou em Goiás. O segundo estado, diz ela, foi quem realmente jogou luz sobre o tema durante o governo do tucano Marconi Perillo.
Mas foi na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro que as escolas militarizadas se expandiram, a partir da criação do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militar, o Pecim, que deu início às chamadas “escolas cívico-militares”. Até então, o termo sequer existia. O programa foi extinto por Lula nesta quarta-feira.
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