A galera descolada se juntou aos piquetes em Hollywood. Não quero ofender, como escritor, os roteiristas que estão em greve contra os estúdios de cinema e televisão há mais de dois meses. Mas os escritores conhecem a realidade. Somos as palavras, não os rostos. A placa de protesto com a piada mais inteligente não é páreo para a atenção que Margot Robbie ou Matt Damon conseguem atrair.
O SAG-Aftra, sindicato que representa atores de TV e cinema, juntou-se aos roteiristas em uma greve que questiona a divisão dos ganhos em Hollywood na era do streaming e como o ser humano pode prosperar na era da inteligência artificial (IA). Mas, apesar de toda a atenção que alguns nomes de destaque vão obter nessa greve, convido você para refletir sobre um termo bastante presente nas negociações atuais: “figurantes”.
Você provavelmente não pensa muito nos figurantes. São as figuras que não falam e povoam as margens da tela, fazendo com que Gotham City, King’s Landing ou as praias da Normandia pareçam reais, cheias e habitadas. Mas você pode ter mais em comum com eles do que pensa.
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