Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Porto Alegre: Prefeitura usará modelo misto para demolição do Esqueletão

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Prefeitura usará modelo misto para demolição do Esqueletão 02/08/2023 16:25 Pedro Piegas / PMPA Executivo Demolição do prédio inacabado é essencial no processo de recuperação do Centro Histórico. Foto: Pedro Piegas / PMPA

 

 

Em coletiva nesta quarta-feira, 2, no Paço Municipal, o prefeito Sebastião Melo apresentou o modelo escolhido para demolir os 19 andares do Edifício Galeria XV de Novembro, conhecido como Esqueletão. Será feita uma operação mista, combinando demolição convencional em parte da estrutura e implosão na área remanescente. O custo estimado é de R$ 3,9 milhões, com prazo de execução de 120 dias. Acesse aqui o histórico da edificação.

“Vamos fazer uma demolição segura, resolvendo um problema histórico da cidade. Era nosso compromisso avançar nessa solução essencial para o processo de revitalização” – Prefeito Sebastião Melo.

Para o vice-prefeito Ricardo Gomes, esse é mais um símbolo da transformação de Porto Alegre na cidade que ela pode vir a se tornar. “Transformar esse espaço tão nobre em um vetor de desenvolvimento é uma mensagem para a sociedade de que não podemos nos acostumar com o feio, com o degradado”, destacou Gomes.

Para o secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer, a demolição do Esqueletão representará um avanço significativo na revitalização do Centro Histórico. “Era preciso segurança jurídica, e isso foi obtido através da interlocução qualificada da Procuradoria-Geral do Município junto ao Poder Judiciário e ao Ministério Público”, disse.

Operação – O modelo deve agilizar o processo, sem comprometer a segurança de pessoas que transitam pela região. A implosão total da estrutura foi descartada, uma vez que o Esqueletão se encontra encravado em meio a outros prédios da região.

A demolição convencional será utilizada em nove andares por meio de dois processos: manual e mecânico. Os trabalhos de demolição manual ocorrem com o uso de ferramentas como marteletes, talhadeiras e ponteiros. Já os trabalhos de demolição mecânica utilizarão máquinas e equipamentos pesados para derrubar ou remover estruturas de diferentes tipos, como vigas, paredes, coberturas e estruturas metálicas ou de madeira.

”Essa é uma obra muito desejada, que a prefeitura vem planejando com muito cuidado, integrando todas as áreas da gestão, da limpeza, dos resíduos, do comércio, para que ela tenha o menor impacto e o melhor resultado”, afirmou o secretário de Obras e Infraestrutura, André Flores.

Após essa etapa, os andares remanescentes serão implodidos, em uma técnica que consiste em provocar o colapso de uma estrutura por meio de explosivos colocados em pontos estratégicos. Marcus Vinícius Caberlon, engenheiro responsável pela avaliação do projeto de demolição na prefeitura, assegurou que o material a ser aplicado leva em consideração as características da edificação. “Contempla o que é necessário para demolir o prédio com segurança e com prazo de execução adequado às nossas expectativas”, explicou.

Procuradora municipal que atua no processo judicial, Eleonora Serralta, reforçou o espírito de colaboração ao longo de todo o diálogo com o Poder Judiciário e o Ministério Público. “Neste dia, encerramos um longo ciclo, graças à sensibilidade do Judiciário e ao engajamento da atual gestão municipal para dar efetividade ao processo conduzido pela PGM há tantos anos”, ressaltou.

Resíduos – A operação também exigirá gerenciamento dos resíduos resultantes da demolição. As ações envolvem o planejamento da obra, controle do consumo, segregação dos resíduos, transporte, armazenagem, tratamento e disposição final. O gerenciamento apresenta benefícios econômicos e operacionais, como a redução de custos, otimização do espaço, valorização da imagem e cumprimento da legislação vigente.