Depois de oito meses e algumas vitórias conquistadas em um Congresso dominado pela oposição, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda encontra na bancada evangélica a sua principal barreira no Parlamento. Embora tenha conseguido aprovar projetos importantes na área econômica e avançar na articulação política, com a entrada do Centrão no governo, o petista vê o segmento se virar contra uma resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que sugere a legalização do aborto e da maconha no Brasil, dentre outras medidas. O texto do colegiado, vinculado ao Ministério da Saúde, não tem efeito prático, já que se tratam de recomendações. Apesar disso, ele deu origem a pelo menos oito propostas legislativas para barrar eventuais tentativas de mudanças em temas caros ao segmento religioso.
As sugestões contidas na resolução foram publicadas em 20 de julho, após a reunião do conselho, que tem como missão sugerir ao governo a implementação de projetos, sobretudo demandas da sociedade, e fiscalizá-los. As propostas contrárias começaram a surgir na Câmara desde então e preveem a suspensão dos “efeitos” do texto.
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