Porto Alegre, terça, 08 de outubro de 2024
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Movimento Salve o Harmonia discute ações nos parques de Porto Alegre, por Paula Maia/Correio do Povo

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Coletivo é formado por mais de 70 entidades. Os integrantes pretendem aumentar as ações para evitar os impactos ambientais. Um dos pontos discutidos na reunião foi a forma como as árvores foram retiradas do Parque Harmonia e os danos causadas na vegetação que restou no local | Foto: Fabiano do Amaral

 

 

Em uma reunião realizada na noite desta quarta-feira, os participantes de diversas áreas comprometidas com a preservação ambiental se uniram para coordenar as próximas ações contra as intervenções que estão sendo realizadas no Parque Harmonia. Entre os colaboradores estão professores, advogados, membros do Greenpeace, de entidades não governamentais, representantes de espaços culturais, militantes de partidos políticos, representantes de associações de bairro, entre outros. Todos estão dedicados a fortalecer os esforços em defesa do meio ambiente. De acordo com os integrantes, o Movimento Salve o Harmonia surgiu de forma natural há dois meses. Hoje está constituído por mais de 70 entidades. Nasceu com o objetivo de contestar a forma como as obras estão sendo realizadas no Parque Harmonia.

Durante a reunião, o advogado Felisberto Seabra Luisi, que é conselheiro do Plano Diretor de Porto Alegre, enfatizou a importância do encontro, destacou a relevância da articulação do grupo e da necessidade de conscientizar a sociedade sobre “a devastação que está ocorrendo em Porto Alegre”. Ele expressou que a motivação para a reunião era a necessidade de elaborar estratégias para enfrentar a situação no Parque Harmonia, devido à suspensão da liminar que proibia a execução das obras. “Perdemos uma batalha, mas a guerra continua. Porque preservar é um ato de coragem e de importância para a região e para a cidade como um todo”, considerou. Quanto ao replantio das árvores proposto pela empresa GAM3 Parks, responsável pela obra, Luisi expressou ceticismo, acreditando que o estrago já está feito e que a houve uma falta de cuidado na análise da situação, o que mostra uma visão parcial das autoridades envolvidas. Ele também apontou a ausência de fiscalização adequada por parte da secretaria do meio ambiente. “É importante conscientizar a sociedade porque não é uma luta para nós é para o futuro da cidade o futuro dos nossos filhos e netos”, declarou o advogado.

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