Porto Alegre, sábado, 12 de outubro de 2024
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RS: Usina-escola de amônia verde na UPF terá investimento de R$ 50 milhões. Universidade e BeGreen apresentam projeto de usina-escola de amônia ao governo do Estado

Detalhes Notícia
Acompanhando o cenário global, usina terá como foco a produção de um fertilizante mais sustentável e, por consequência, a produção de alimentos com menor emissão de carbono .

 

 

 

 

A UPF (Universidade de Passo Fundo) receberá em seu Campus, uma usina-escola de amônia. Entre as primeiras do país, com o investimento de R$ 50 milhões na operação, a usina tem o aporte da Begreen, iniciativa que reúne as empresas Migratio Bioenergia, Phama Energias Renováveis e a Torao Participações. A capacidade de produção será de 2 mil toneladas de amônia por ano, com a finalidade de abastecer inicialmente produtores da região norte do Rio Grande do Sul. Além da UPF, haverá a instalação de outras duas usinas: em Tio Hugo e Condor.

A usina terá como objetivo principal produzir amônia não mais a partir do hidrogênio proveniente do gás natural, mas sim do hidrogênio proveniente da água, reduzindo o gás carbônico (CO2), responsável pelo efeito estufa. O resultado esperado é a produção de alimentos com menos emissão de carbono, minimizando o impacto ambiental, evitando o aquecimento global e com possibilidade de reduzir custos de produção.

Foto Caroline Simor

Uma comitiva integrada pela reitora da Universidade de Passo Fundo (UPF), Bernadete Maria Dalmolin, os sócios da BeGreen, Luiz Paulo Hauth, Sergio Possatto, Fabio Saldanha, e o secretário de Desenvolvimento de Passo Fundo, Diógenes Oliveira, esteve em Porto Alegre nesta quinta-feira, 28 de setembro, para apresentar ao Governo do Rio Grande do Sul o projeto da Usina-Escola de Amônia Verde. As agendas aconteceram nas secretarias de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação e de Desenvolvimento Econômico.

A Reitora apresentou ao secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, e ao secretário adjunto de Desenvolvimento, Derly Fialho, o funcionamento do projeto, as ações e produtos que serão desenvolvidos na parceria entre a universidade e as empresas do grupo BeGreen, e destacou o ganho financeiro e social com a chegada da iniciativa. “É um projeto que estamos desenhando há quase dois anos e que vem para fomentar soluções reais. É a união empreendedorismo, da inovação e da pesquisa em prol da descarbonização da cadeia produtiva do agro e de outras que poderão ser beneficiadas. Hoje viemos lançar o compromisso com o governo do estado para que, juntos, possamos transformar o projeto em realidade”, destacou.

Luiz Paulo Hauth, idealizador do projeto, explicou aos secretários dados e informações sobre a amônia verde. Para ele, um país que não está investindo em energias renováveis, está mais do que atrasado. “Precisamos que os governos vejam essas iniciativas e apoiem. Seja com suporte financeiro ou auxiliando nos processos burocráticos, é necessário que os projetos tenham espaço nas agendas governamentais”, afirmou. Segundo o empresário, a iniciativa conta com o apoio de municípios como Passo Fundo, Condor e Tio Hugo.

O secretário Giovani Feltes elogiou o plano pela sua importância e inovação, e colocou o governo à disposição para ajudar a fomentar a iniciativa. Ele frisou que países desenvolvidos, como os europeus, por exemplo, já têm em sua rotina empresas e indústrias menos poluentes e mais sustentáveis. Na mesma linha, Derly Fialho, secretário Adjunto de Desenvolvimento, salientou a importância da união entre a iniciativa pública e privada e as instituições de ensino superior como a UPF, que tem no conhecimento e na pesquisa uma contribuição única para o desenvolvimento. Fialho também manifestou que o Governo do Estado tem interesse em viabilizar projetos que promovam o crescimento e a sustentabilidade do Rio Grande do Sul.