Na manhã desta terça-feira (21), equipes da Prefeitura de Canoas realizaram uma visita técnica nas casas de bombas 1, 2, 3, 4 e 6, além dos diques. Mesmo diante do grande volume de chuva constatado no mês de novembro, superior aos 320 mm, as estruturas funcionaram plenamente, evitando possíveis alagamentos e garantindo a segurança dos moradores das regiões.
“O dique é uma estrutura fundamental para a nossa cidade e, juntamente com todo o nosso sistema das casas de bombas, evita que a água invada a cidade e cause grandes alagamentos. Infelizmente, o Estado vem registrando grandes volumes de chuva, já são mais de 320 mm em novembro, três vezes mais do que a média histórica, que é de 105mm. Mesmo assim, nossos equipamentos estão funcionando plenamente”, destacou o prefeito Jairo Jorge. Durante os últimos seis meses, choveu, consecutivamente, acima da média histórica e o acumulado atingiu a marca de 1.100mm.
Djalma de Melo, morador da Vala da Madrinha há 27 anos, região do Mato Grande, relatou que esta foi a maior cheia que se recorda. “Nunca tinha acontecido isso aqui, com tanta chuva. Mas isso é algo que não tem quem culpar, é a natureza agindo”, falou.
Para uma atuação mais eficiente contra acúmulos de água no bairro Mato Grande, a Prefeitura irá construir duas novas casas de bombas, a 9 e a 10, além de um dique na região. O projeto conta com investimento de aproximadamente R$70 milhões, por meio de recursos garantidos junto à Corsan.
Na lateral do Arroio Araçá, também no Mato Grande, está sendo desenvolvida uma barreira de contenção para evitar vazamentos de água em direção ao bairro. Já na região do Parque do Gravataí, no bairro Niterói, onde funcionam as casas de bombas 1 e 2, as barreiras garantiram a contenção do nível da água.
Moradores resgatados
Na segunda-feira (21), 29 pessoas em situação de risco em virtude das cheias dos rios Gravataí e dos Sinos foram resgatadas pela Defesa Civil. Deste total, foram 11 moradores do bairro São Luís; sete do Niterói, sete da Praia do Paquetá e três do Rio Branco.