Equipes da Prefeitura de Canoas seguem mobilizadas em diferentes frentes no atendimento às famílias atingidas pelos temporais e cheias dos rios. De acordo com a Defesa Civil, a inundação atingiu 450 residências, afetando cerca de 1,8 mil canoenses. O total de pessoas resgatadas de situações de risco em diferentes pontos chega a 44.
Até o fim da tarde desta quarta-feira (22), 172 pessoas desalojadas recebiam algum tipo de assistência da Prefeitura. O ginásio da Escola Thiago Würth abriga 32 pessoas (18 adultos e 14 crianças). Outros 62 moradores da rua Berto Círio seguem no salão da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no bairro São Luís. Há ainda cerca de 50 ribeirinhos da Rua da Barca instalados na ponte da BR-448 e outros 30 moradores do Paquetá acampados às margens da rodovia, por se negarem a deixar os locais.
A Praia do Paquetá, rua da Barca e Fazendinha, no bairro Mato Grande, e a região da rua Berto Círio e rua Onofre Pires, no São Luís, seguem como as mais prejudicadas pela cheia do Rio dos Sinos. Há casos também de alagamentos na rua Hermes da Fonseca, no bairro Rio Branco, e na rua General Sebastião Barreto, no bairro Niterói, onde o Rio Gravataí transbordou.
Pico da cheia
De acordo com o Escritório de Resiliência Climática (Eclima), responsável pelo monitoramento das condições climáticas no município, o nível do Rio dos Sinos deve atingir seu pico e começar a baixar mais significativamente nesta quinta-feira (23), em virtude das águas que estão descendo da bacia hidrográfica.
Ainda no começo da manhã desta quarta, o vento Norte predominava na região, o que ocasionou um pequeno recuo de 20 centímetros do nível do Sinos, na Praia do Paquetá. Conforme o Eclima, uma mudança de direção para o vento Sul deve ocorrer nesta quinta-feira, o que contribui para o represamento das águas e, consequentemente, o aumento do volume.