Os níveis da cheia da bacia do Rio dos Sinos e do Rio Gravataí começaram a baixar desde o final de semana. Em vistoria rotineira da Defesa Civil de Canoas, na manhã desta segunda-feira (27), os agentes já encontraram moradores acessando suas residências. O número de pessoas fora de casa também caiu significativamente, de 173 pessoas para 32, no período.
De acordo com o Escritório de Resiliência Climática de Canoas (Eclima), em todos os locais atingidos, os volumes diminuíram desde o fim da tarde de sexta-feira (24). Apenas restam áreas da Praia do Paquetá e da rua da Barca com residências alagadas. A Defesa Civil já está mobilizada para a realização de ações humanitárias nesta semana em auxílio aos canoenses afetados.
“A região do Paquetá já está com a via de acesso liberada e com possibilidade de ingresso em algumas casas. Nas margens da BR-448, o pessoal já voltou também, na rua da Barca permanecem quatro pessoas no viaduto e na Berto Círio e Hermes da Fonseca também baixou a água. Somente alguns moradores da Fazendinha seguem no ginásio da escola Thiago Würth. Não há mais ninguém no salão da Paróquia no bairro São Luís”, resume o secretário adjunto do Eclima e coordenador da Defesa Civil, Igor Sousa.
Os altos volumes de chuva no mês de novembro resultaram em diversos transtornos na cidade. Segundo balanço da Defesa Civil, a inundação afetou 450 residências, o que corresponde a cerca de 1,8 mil canoenses afetados. Na manhã desta segunda, somente 32 desalojados ainda recebiam algum tipo de assistência da Prefeitura. Deste total, 28 pessoas seguiam no ginásio da Escola Thiago Würth e outras quatro optaram por ainda permanecer instalados no viaduto da BR-448.
Com o transbordo dos rios Gravataí e do Sinos, as regiões mais afetadas foram as áreas ribeirinhas da Praia do Paquetá, rua da Barca e Fazendinha, no bairro Mato Grande; ruas Berto Círio e Onofre Pires, no São Luís; rua Hermes da Fonseca, no bairro Rio Branco; e a rua General Sebastião Barreto, no bairro Niterói.