No maior palco do South Summit Brazil, o consultor britânico John Elkington, conhecido como o pai da sustentabilidade e criador do conceito de ESG (Meio Ambiente, Social e Governança), defendeu, nesta quinta-feira, 21, a importância da integração desses três pilares no desenvolvimento sustentável. “As cidades precisam ser ainda mais resilientes do que responsáveis”, afima Elkington.
Alinhado com esses princípios, Porto Alegre trabalha para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Comprometida com a meta de zerar as emissões de carbono até 2050, a capital gaúcha está elaborando um Plano de Ação Climática para traçar estratégias concretas nesse sentido. A consultoria contratada para essa missão, iniciada durante o South Summit de 2023, tem até julho para apresentar os resultados do trabalho.
O primeiro passo foi a elaboração do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa. O documento revelou que a maioria das emissões, 67,7%, provém do transporte, seguido por 23% de fontes estacionárias e 8,8% de resíduos. Essa análise detalhada servirá de base para as estratégias a serem adotadas.
“O trabalho até agora apontou as seis principais ameaças climáticas à cidade, incluindo inundação fluvial, deslizamentos ou erosão, tempestades, ondas de calor, secas meteorológicas e vetores de arboviroses”, explica o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre, Germano Bremm.
O plano de Ação Climática se tornará uma política de Estado de longo prazo para alcançar as metas estabelecidas na Conferência Mundial do Clima, em Glasgow, de zerar as emissões de poluentes até 2050.