Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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RS: Porto Alegre e Novo Hamburgo recebem SAGRAÇÃO, novo espetáculo da Companhia de Dança Deborah Colker em comemoração aos seus 30 anos

Detalhes Notícia
Foto: Flávio Colker

A Companhia de Dança Deborah Colker retorna a Porto Alegre para comemorar seu trigésimo aniversário com o novo espetáculo “Sagração”, apresentado pelo Ministério da Cultura e do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura Lei Rouanet, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução. Nessa versão, a música clássica de Stravinsky encontra ritmos brasileiros no espetáculo inspirado por visões ancestrais sobre a origem do mundo. Ao longo dos 30 anos a companhia já realizou mais de duas mil apresentações, em mais de 100 cidades, de 35 países, totalizando um público de cerca de 4 milhões de pessoas.

Após sua estreia no Rio, a Companhia embarca para o Sul do país, se apresentando em Porto Alegre nos dias 19 e 20 de abril, no Centro de Eventos FIERGS – Teatro do SESI.

Os ingressos para as apresentações em Porto Alegre estão disponíveis para compra através do site. Há opções de ingressos populares com cotas limitadas.

A Companhia se apresenta também em Novo Hamburgo no dia 22 de abril, no Teatro Feevale.

“Ao longo desses anos, assistimos e participamos de muitas transformações na cultura, na política e na economia. Chegamos até aqui porque temos este espírito de evolução, que é um tema muito precioso para o novo espetáculo”, avalia o diretor executivo João Elias, que em 1994 fundou a companhia de dança com Deborah Colker.

O processo criativo de “Sagração” durou dois anos e meio. O espetáculo é uma livre adaptação de “A Sagração da Primavera”, obra composta pelo russo Igor Stravinsky, que ganhou projeção mundial pela montagem estreada em Paris em 1913, com coreografia de Vaslav Nijinsky e produção de Sergei Diaghilev para os Ballets Russes. A composição musical é considerada revolucionária por introduzir estruturas rítmicas e harmônicas nunca antes utilizadas em partituras.

“Quando decidi recontar esse clássico, pensei que teria de ser a partir da cosmovisão de povos originários do Brasil”, lembra Deborah, que também é pianista. “Stravinsky foi responsável por pontos de ruptura e provocação entre o erudito e o primitivo. ‘A Sagração da Primavera’ representa esses pontos de evolução da humanidade”.

Foto: Flávio Colker

Foi em uma viagem para o Xingu, durante o Kuarup, e no encontro com as aldeias indígenas Kalapalo e Kuikuro, que Deborah conheceu Takumã Kuikuro. O cineasta contou à ela como o povo do chão recebeu o fogo do Urubu Rei. Essa história é dançada e acompanhada por narração do próprio Takumã e faz parte da coleção de cosmogonias que a diretora reuniu para montar a dramaturgia do espetáculo.

“Tudo só poderia ter começado com uma mulher. Uma avó. A avó do mundo”, conclui Deborah, que, na companhia de Nilton Bonder, revisitou a mitologia judaico-cristã. Do livro “Gênesis”, as passagens sobre Eva e a serpente e sobre Abraão ganham cenas que destacam momentos de ruptura. “São dois mitos que elaboram sobre a consciência humana: pela autonomia de uma mulher que desperta para caminhos interditados e transgride; e de um homem que sai da sua casa e cultura em direção a si mesmo”, destaca o dramaturgo. Além das alegorias bíblicas, a coreógrafa também buscou referências na literatura científica.

“A versão mais recente da nossa espécie é a Homo sapiens sapiens que, assim como outros seres, precisa se adaptar constantemente”, pontua Deborah, destacando a presença das personagens que representam bactérias, herbívoros e quadrúpedes no espetáculo. “Nossa dramaturgia é feita da poesia presente em mitos e teorias que pensam a existência da vida em nosso planeta”. A coreógrafa, em parceria com o diretor musical Alexandre Elias, introduziu à partitura instrumental de Stravinsky a sonoridade pujante das florestas e ritmos brasileiros.

Boi bumbá, coco, afoxé e samba foram introduzidos à criação de Stravinsky. Aos acordes de instrumentos de orquestra, o diretor musical adicionou flauta de madeira, maracá, caxixi e tambores. Os paus de chuva também entram em cena no arranjo executado ao vivo pelos bailarinos. Para Alexandre Elias, “foi um privilégio trabalhar profundamente na estrutura da obra”

Criação, Direção e Dramaturgia: DEBORAH COLKER

Direção Executiva: JOÃO ELIAS

Direção Musical: ALEXANDRE ELIAS

Direção de Arte: GRINGO CARDIA

Dramaturgia: NILTON BONDER

Figurinos: CLAUDIA KOPKE

Desenho de Luz: BETO BRUEL

Fotografia : FLÁVIO COLKER

Coordenação Tour: ORTH PRODUÇÕES

SERVIÇO:

Local: CENTRO DE EVENTOS FIERGS – TEATRO DO SESI

Foto: Flávio Colker

Data e Horário: 19/04 – 21H | 20/04 – 20H

Faixa Etária: A PARTIR DE 10 ANOS

Duração: 70 MINUTOS (sem intervalo)

Acessibilidade: LOCAL ACESSÍVEL PARA CADEIRANTES

Valor do ingresso

R$ 200,00 Plateia Baixa

R$ 180,00 Plateia Alta

R$ 160,00 Mezanino

Ingresso Popular (limitado)

R$ 19,80 e R$ 38,60 Mezanino

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