Em um importante movimento de solidariedade, a Santa Casa de Porto Alegre entregou na sexta-feira (21/06) um Kit Lar para cada um dos 735 profissionais da instituição atingidos pelas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio deste ano. A ação reuniu doadores e colaboradores em um encontro marcado por depoimentos de gratidão e agradecimento.
“Em meio à dor e ao sofrimento causados pelas enchentes, a comunidade mais uma vez se uniu e demonstrou seu apoio e carinho aos nossos profissionais, que tanto se dedicam ao cuidado da saúde da população”, destacou o diretor geral da Santa Casa, Julio Matos, reiterando o compromisso da instituição em apoiar seus colaboradores nesse processo de reconstrução. “Aos doadores e voluntários, nosso sincero agradecimento. Aos profissionais atingidos por essa desafiadora realidade, nosso desejo por dias de renovação e a certeza de que seguiremos juntos cuidando de todos”, agradeceu Matos, encerrando a campanha “Abrace a Solidariedade”, idealizada para arrecadar doações e auxiliar os colaboradores neste momento difícil.
Bastante emocionadas, três colaboradoras foram convidadas a dar um depoimento sobre o que enfrentaram durante todo esse período. Uma delas foi a
técnica de enfermagem Lisânea Rabelo Ribeiro, moradora de Eldorado do Sul, que ficou com a casa inteiramente embaixo d’água. “Quando eu abri a porta da minha casa, tava toda nossa história ali, na lama. As nossas fotos, todas as nossas coisas. A geladeira, o sofá, que a gente demorou meses para pagar. Eu sei que é material, mas era nosso”, frisou a colaboradora, sobre a volta pra casa depois de 18 dias fora.
Sobre os primeiros dias, ela também lembrou: “Quando eu consegui entrar em contato com a Santa Casa, acho que no terceiro dia, porque os sinais de celulares ficaram horríveis, eu liguei pra minha gestora, porque eu não tinha como vir pra cá e ela disse: ‘Calma. No que eu posso te ajudar agora?’ E isso eu nunca mais vou esquecer”, disse, emocionada.
Assim como Lisânea, outras centenas de colaboradores foram acolhidos pela instituição, recebendo alimentos, roupas, cobertores e outros itens de uso diário. Ao todo, foram distribuídas 3.685 roupas, 1.204 cestas básicas, 1.673 kits de higiene, 1.194 botas de borracha, além de mais de 5 mil litros de água e de leite, entre outros itens.
“Eu deixo aqui o meu agradecimento, não só pelo Kit Lar, que vai ser sim fundamental pro nosso recomeço, mas por todo acolhimento que recebi, pelo olhar da instituição, de ajudar, de dar um abraço em cada um que perdeu parte do que lutou tanto pra conquistar. Isso tudo mostra que nós não estamos sozinhos”, agradeceu Lisânea.
Um gesto de esperança e recomeço
Composto por utensílios básicos e mobiliário essenciais para o dia a dia, como fogão, geladeira, sofá, mesa de jantar, micro-ondas, colchão, guarda-roupas, entre outros, os Kits Lar foram personalizados de acordo com as necessidades de cada colaborador. “A entrega desses Kits representa um importante passo no processo de reconstrução da vida dos nossos colaboradores. Foi a forma que encontramos de mostrar que eles não estão sozinhos e que podem contar com o apoio da instituição e da comunidade para recomeçarem suas vidas”, ressaltou o Provedor da Santa Casa, Alfredo Englert.
Somente em doações financeiras, a campanha arrecadou 2,5 milhões, fruto de uma corrente do bem, com contribuições de 1.151 doadores, tanto de pessoas físicas, quanto de empresas e instituições, demonstrando a força da solidariedade. Todas as entregas dos Kits serão realizadas a partir de 24 de julho na casa de cada beneficiado.
Finalizando o evento, a Santa Casa também contou com a apresentação musical do grupo nativista Os Fagundes, com a participação de Neto, Ernesto e Paulinho Fagundes. A iniciativa, além de celebrar a superação e a união da comunidade, buscou reforçar o compromisso da Santa Casa com o bem-estar de seus colaboradores, em agradecimento a todo o cuidado que eles dedicam diariamente com cada paciente da instituição.
Bastante emocionadas, três colaboradoras foram convidadas a dar um depoimento sobre o que enfrentaram durante todo esse período. Uma delas foi a técnica de enfermagem Lisânea Rabelo Ribeiro, moradora de Eldorado do Sul, que ficou com a casa inteiramente embaixo d’água. “Quando eu abri a porta da minha casa, tava toda nossa história ali, na lama. As nossas fotos, todas as nossas coisas. A geladeira, o sofá, que a gente demorou meses para pagar. Eu sei que é material, mas era nosso”, frisou a colaboradora, sobre a volta pra casa depois de 18 dias fora.
