Conforme Fernanda, além dos desafios climáticos, os pecuaristas enfrentaram a instabilidade dos mercados internacionais de commodities, como milho e soja, fundamentais para a alimentação dos rebanhos. “A volatilidade dos preços impactou diretamente os custos operacionais, tornando a gestão das propriedades ainda mais desafiadora,” acrescenta ela. Apesar disso, o setor encontrou suporte nas exportações contínuas, especialmente para a China e o Oriente Médio, que ajudaram a manter a demanda por carne bovina estável. As renegociações de dívidas, após recentes enchentes, também proporcionaram algum alívio financeiro para os produtores.
A dirigente reforça que, durante este período turbulento, o Instituto Desenvolve Pecuária desempenhou um papel fundamental, promovendo a troca de informações e capacitação técnica. “Organizamos eventos como o Fórum da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, que ajudaram a reunir produtores, indústria e comércio para discutir tanto os desafios quanto às oportunidades emergentes no setor”, destaca.
Adicionalmente, muitas propriedades avançaram em tecnologia e sustentabilidade, adotando práticas de manejo mais eficientes e tecnologias de monitoramento de rebanhos. O governo estadual e entidades setoriais estão planejando lançar novos programas de financiamento e apoio técnico para incentivar práticas inovadoras e sustentáveis entre os pecuaristas. “As expectativas para o restante do ano são de otimismo moderado, com planos de continuar promovendo a inovação e sustentabilidade como pilares para a recuperação e crescimento do setor”, conclui Fernanda.