Técnicos da Universidade de Tecnologia de Delft, da Holanda, reuniram-se nesta terça-feira, 23, com a prefeitura para finalizar os detalhes do termo de cooperação que visa desenvolver o Plano Urbanístico Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável do bairro Arquipélago. Esta medida faz parte do Plano Estratégico de Reconstrução da cidade.
A Carta Acordo deve ser encaminhada nos próximos dias para dar início às atividades. O projeto será dividido em duas fases principais. A primeira fase, o Plano Emergencial, será apresentada em quatro meses e incluirá soluções imediatas para reassentamento, regularização fundiária, adaptações nas moradias e obras necessárias para minimizar os impactos das cheias nas ilhas.
A segunda fase, o Plano Urbanístico, terá duração de 18 meses para desenvolver estudos hidrológicos, geológicos, sociais, econômicos, ambientais, análise de risco e vulnerabilidades climáticas, entre outros, para a criação de um plano de intervenções em mobilidade, saneamento, resíduos sólidos, equipamentos públicos, áreas verdes, sistema de contenção, mitigação e monitoramento permanente do território.
A coordenação dos estudos ficará a cargo da urbanista gaúcha Taneha Bacchin, doutora em recursos hídricos e análise espacial e modelagem urbana, professora titular na TU-Delft. Além da expertise da instituição holandesa, haverá suporte técnico de universidades e empresas gaúchas. A cooperação com a prefeitura será formalizada através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com recursos da ordem R$ 7,350 milhões.
Na segunda-feira, os técnicos visitaram as Ilhas da Pintada, das Flores, do Pavão, Grande dos Marinheiros e Mauá para definição do cronograma de trabalho.
Plano – O Plano Estratégico de Reconstrução de Porto Alegre foi estruturado em seis eixos: recuperação da infraestrutura e equipamentos públicos, habitação de interesse social, projetos urbanos resilientes, recuperação de atividades empresariais e financiamentos, adaptação climática e monitoramento e transparência. Em 5 de julho, a prefeitura instituiu, por lei, o Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática, que tem o objetivo de atuar como um facilitador na integração dos órgãos municipais.