O livro é resultado de cinco anos de pesquisa empreendida por dois professores de Viamão apaixonados pelo Tamoyo: Bira Mros e Juarez Godoy, tendo como editor o historiador Vitor Ortiz, numa parceria entre a Libretos Editora e a Voz Cultural. A publicação em capa dura, para colecionador, tem design gráfico e edição de arte de Clô Barcellos.

Formação tamoyense dos anos 1980.

Além de muitas imagens de diversas formações dos times do Tamoyo ao longo da sua história, o livro traz à lembrança momentos raros vividos na várzea da Maria Lopes, denominação antiga do lugar adotado como campo. Em 1962, em pleno contexto de Guerra Fria, o time de Viamão enfrentou uma equipe russa, formada por marujos de um navio recém chegado de Cuba que aportou em Porto Alegre.

O jornalista Rogério Mendelski (viamonense, ex-jogador do Tamoyo e que prefacia o livro) conta que estava no Tamoyo naquela ocasião e que trocou cigarros com os atletas russos, que acharam a nossa cachaça muito fraca comparada à vodca deles. O Tamoyo aplicou uma goleada de 13 a 1 no time da URSS. O feito foi registrado nos jornais da época.

O livro destaca também diversos atletas que formaram-se no Tamoyo e acabaram profissionalizando-se, entre estes o meio-campista Paíca, jogador do Grêmio nos anos 1960, e Paulo Roberto, que foi campeão mundial, tendo passado por vários grandes clubes do futebol brasileiro, até mesmo pela Seleção.

O time tamoyense que goleou os russos em inusitado confronto.

O projeto é majoritariamente financiado com recursos da venda dos livros (ao preço de capa de R$100) e em parte pela Lei Paulo Gustavo (Prefeitura de Viamão e Ministério da Cultura/Governo Federal). Os recursos deste incentivo contribuíram para o tratamento das mais de 300 imagens que integram a publicação. A Prefeitura contribuiu com o compromisso da compra de exemplares para as bibliotecas das escolas municipais e a Coopernorte (cooperativa que atua com eletrificação rural no interior de Viamão) é a patrocinadora máster da iniciativa.

Orgulho da torcida tamoyense, o rubro-negro viamonense revelou ao futebol gaúcho e brasileiro pelo menos dois grandes profissionais da bola: o meia Paíca, que jogou pelo Grêmio nos anos 1960, e o lateral direito Paulo Roberto, campeão mundial e único viamonense a jogar na Seleção Brasileira. Ambos começaram na várzea da Maria Lopes.