Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Argentina quer prisão de Maduro; Venezuela pede prisão de Milei. Presidentes dos dois países trocam acusações

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Nicolás Maduro e Javier Milei.

 

 

 

Os presidentes da Argentina, Javier Milei, e da Venezuela, Nicolás Maduro, lançaram ofensivas um contra o outro. 

O Departamento de Justiça da Argentina solicitou a prisão internacional do presidente venezuelano por violações dos direitos humanos, segundo a agência de notícias Reuters.

“A Justiça Federal da Argentina ordenou nesta segunda-feira a prisão de Nicolás Maduro, Diosdado Cabello [ministro do Interior] e outros líderes do regime chavista, acusados ​​de cometer crimes contra a humanidade na Venezuela”, informou o Fórum Argentino para a Defesa da Democracia, organização não governamental que apresentou a queixa contra Maduro.

Em reação, a chancelaria da Venezuela repudiou a decisão judicial argentina sob o argumento de fazer parte de uma estratégia internacional de “Lawfare” (uso de leis e procedimentos legais para intimidar ou perseguir alguém), “concebida para minar a soberania dos países e deslegitimar os processos democráticos constitucionais e populares. Argumenta-se também que a referida medida carece de fundamentos de jurisdição e viola a jurisdição soberana dos Estados, bem como as imunidades e privilégios inerentes aos presidentes e altos funcionários”, noticiou a agência Telesur.

O procurador-Geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou que irá solicitar a inclusão do nome de Javier Milei e dois de seus funcionários no alerta vermelho da Interpol, a polícia internacional, por violar convenções. Segundo o procurador, a medida tem respaldo na legislação venezuelana e internacional. “Solicitamos um alerta vermelho da Interpol contra Javier Milei, presidente da Argentina”, disse Saab. Cabe à Interpol acatar ou não o pedido.

A Venezuela acusa Milei de “ter roubado avião, desmantelado avião e causado danos ao patrimônio nacional”. Em 2022, um aeronave estatal da Venezuela, com carregamento de peças automotivas, foi retida por autoridades argentinas em Córdoba.

 

Agência Brasil com informações de Nicolás Misculin, da Reuters, e da Telesur.