Uma nova tecnologia para diagnóstico da raiva permite a emissão mais rápida de laudos no Laboratório de Virologia do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, em Eldorado do Sul. A troca para a metodologia de RT-PCR permitiu também não utilizar mais camundongos para a prova biológica. Conforme a pesquisadora do IPVDF, Carla Rodenbusch, antes os resultados da prova biológica demoravam em torno de 30 dias, e hoje, com o PCR, ficam prontos em 72 horas. “A raiva é uma doença fatal e quando há envolvimento de humanos que entraram em contato com os animais suspeitos de raiva, a agilidade no diagnóstico é essencial para se iniciar as medidas preventivas e evitar o desenvolvimento da doença”, afirma a pesquisadora.
No início do ano, o Instituto conseguiu a validação para o uso do RT-PCR no diagnóstico da raiva e, desde maio, o sistema vem sendo utilizado no Laboratório. Agora, um novo equipamento foi adquirido pela Secretaria da Agricultura, com maior capacidade simultânea de testes.
O Fundesa vem aportando recursos para a aquisição dos kits de testes e, nesta semana, também foi aprovada a liberação da compra de uma nova centrífuga, compatível com o equipamento, permitindo maior produtividade dos trabalhos no laboratório. O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, Rogério Kerber, destaca que o fundo está presente em todas as ações que preveem a adoção de tecnologias mais ágeis e precisas, contribuindo com a saúde animal do estado.
Em 2023, o IPVDF analisou 1.010 amostras para a raiva, sendo 712 de morcegos, 60 de cães, 57 de felinos, 51 de animais silvestres e 191 de animais de produção.