Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Porto Alegre: Morre o radialista José Aldair Nidejelski

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Morreu, nesta segunda-feira, aos 79 anos, o ex-locutor da Rádio Gaúcha José Aldair Nidejelski.

As informações foram confirmadas pela filha dele, Tatiana Nidejelski. Aldair, como era conhecido, permanecia internado desde 10 de outubro após uma queda sofrida em casa, no bairro Santana, em Porto Alegre. Ele foi levado à emergência do Hospital Conceição com suspeita de AVC e faleceu em decorrência de infecção generalizada.

Natural de Canoinhas, norte de Santa Catarina, aos oito anos já cantava no rádio com a irmã Matilde. Aos 12 comandava um programa infantil de auditório, e aos 15, foi tentar a vida no Paraná, mas seu pai, Gabriel Nidejelski, resolveu buscá-lo, pois o achava muito jovem para enfrentar as dificuldades de viver sozinho.

Ao ingressar no rádio, José Nidejelski não gostava da sonoridade de seu nome. Na Justiça, conseguiu a permissão de incorporar o codinome “Aldair”, uma homenagem ao padrinho, o locutor Aldair José, a quem atribui o despertar da paixão pelo rádio. Sem nunca ter frequentado a faculdade de Jornalismo, garante que sua experiência o tornou um “jornalista profissional” – ou radialista – muito bom no que fazia.

Passou pelas rádios Paiquerê, Caçador, Rio Negro, Canoinhas, Diário da Manhã, Guarujá, e Rádio Gaúcha em Porto Alegre.

Sua estreia na emissora foi no Correspondente GBOEX, em 9 de abril de 1966. Seis meses depois, o programa de síntese noticiosa, que foi inspirado no Repórter Esso (veiculado de 1941 a 1964, na Rádio Farroupilha), lhe rendeu o cargo de redator. Com três anos de casa, Aldair passou a ser chefe do departamento de notícias da rádio e deixou o Grupo RBS em 2004.

Recebeu o título de “Cidadão Honorário de Porto Alegre”, indicado pelo vereador Cassiá Carpes.

O velório ocorre, nesta terça-feira, na capela histórica do Crematório Metropolitano, na capital, das dez da manhã às três da tarde.

 

Abaixo trecho de ” Itinerários de um Repórter’, a reconstituição do Correspondente Maisonave, lá de 1982, foi produzida pelo professor Luiz Artur Ferraretto junto com um grupo de estudantes e profissionais da Universidade Luterana do Brasil, em 2006, para um documentário sobre o jornalista Flávio Alcaraz Gomes.