“O sentimento é de gratidão. São nesses momentos que descobrimos que ainda há pessoas solidárias, que querem ajudar.” As palavras, carregadas de emoção, são do comandante dos Bombeiros Voluntários de Bom Princípio/RS, Juliano Diego Maldaner. A entidade, fundada em 1998, é mantida por uma associação e foi beneficiada com doação do Sicoob São Miguel, agências de Tupandi/RS e Feliz/RS, por meio de recursos financeiros do Instituto Sicoob. O valor foi aplicado na compra de equipamentos que auxiliam nas atividades dos bombeiros que atendem Bom Princípio, Vale Real e Tupandi.
A entrega oficial ocorreu na sede da corporação e contou com a presença dos gerentes do Sicoob de Tupandi, Nelson Antônio Gregory e Alexandre Klunck, e da Feliz, Marcos Cofferi; do comandante Maldaner e do presidente da associação, Guilherme Eckstein; e do prefeito de Bom Princípio, Fábio Persch.
Equipamentos
Com os recursos destinados pelo Sicoob foram adquiridos gerador de energia, motobombas, mangueiras, motor hidráulico, itens de treinamento para reanimação cardiopulmonar de bebês e adultos, coletes de treinamento em casos de engasgo, desfibrilador externo automático para treinamentos, máscaras pocket utilizadas para ventilação manual, conjuntos imobilizadores de cabeça e oxímetros para aferição de oxigenação sanguínea e batimentos cardíacos. “Esses equipamentos nos permitem mais agilidade e praticidade no atendimento. Beneficiam toda a comunidade que conta com o trabalho dos bombeiros, é um investimento que retorna à população. Quando se trata de vidas, qualquer segundo faz diferença”, ressalta Eckstein.
A corporação conta com 24 profissionais, entre efetivos, voluntários e estagiários, para o atendimento à comunidade do Vale do Caí. “Procuramos o Sicoob que, prontamente, nos estendeu a mão. Além de qualificar e agilizar o trabalho, essas doações também mexem com o emocional dos nossos profissionais, é algo que serve inclusive de motivação para melhorias contínuas”, afirma Maldaner.
No período das cheias que assolaram o RS, a corporação realizou mais de 250 resgates, apesar dos alertas emitidos, principalmente em localidades próximas ao Rio Caí. “Foi algo extremamente desafiador, que jamais poderíamos imaginar. Toda e qualquer estrutura que tivéssemos não seria suficiente para atender a demanda daquele momento”, recorda o comandante.
Trabalho fundamental
O prefeito Fábio Persch parabenizou e agradeceu ao Sicoob pelo auxílio, estendendo agradecimento a todos que auxiliaram as famílias atingidas pelas cheias. “Bom Princípio ainda busca se recuperar dos prejuízos causados pela enchente, que somam mais de R$ 90 milhões. É um trabalho contínuo de recuperação. Esse apoio do Sicoob melhora as condições de enfrentamento dos bombeiros a situações como as que ocorreram e outros casos que requerem atendimento da corporação. São profissionais que exercem trabalho fundamental na comunidade.”
Solidariedade
Os recursos utilizados para compra dos equipamentos são provenientes do Instituto Sicoob, por meio da campanha SOS Rio Grande do Sul, que recebeu mais de R$ 5,2 milhões em doações e teve o aporte extra de R$ 10 milhões do Sicoob para auxiliar as vítimas das enchentes.
O gerente da agência da Feliz, Marcos Cofferi, valoriza a participação de milhares de associados do Sicoob de todo Brasil na mobilização em prol dos gaúchos. “Realizamos diversas ações, com destinação de recursos para reconstrução de pontes, compra de donativos, eletrodomésticos, móveis e materiais de construção, diferentes formas que encontramos para auxiliar nesse período de extrema dificuldade. Estamos felizes em ajudar também aos bombeiros de Bom Princípio, beneficiando a comunidade do Vale do Caí. Agradecemos aos milhares de cooperados, que contribuíram com doações financeiras à campanha SOS Rio Grande do Sul.”
O gerente da agência de Tupandi, Nelson Antônio Gregory, reafirma que “a ação vem ao encontro dos princípios do cooperativismo e da filosofia do Sicoob, que é estar junto da comunidade em que atua. A cooperativa avaliou as necessidades de cada município e, dessa forma, pode ser assertiva na destinação de recursos, ouvindo as autoridades e a comunidade local”.
