A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano, reflete a necessidade de conter o avanço das expectativas de inflação e estabilizar os impactos da desvalorização cambial recente, mas é um sério problema para a indústria, enfatiza o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Claudio Bier. “Reconhecemos que o aumento dos juros é uma medida para reduzir a inflação e firmar as expectativas, mas não aprovamos esta alta, que é muito prejudicial ao setor industrial. Entendemos que essa decisão impõe desafios adicionais ao setor produtivo, especialmente para as indústrias do Rio Grande do Sul, que enfrentam custos elevados devido à instabilidade cambial e às dificuldades da retomada após as enchentes”, diz o presidente da FIERGS, Claudio Bier.
Bier acredita, contudo, que o compromisso com o novo arcabouço fiscal e a diminuição das incertezas globais possibilitem uma política monetária menos restritiva no futuro.