A geração de emprego na indústria gaúcha teve saldo positivo em 2024, segundo dados extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Federação das Indústrias do do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). Foram 13.782 novas vagas num ano em que o Estado enfrentou a maior enchente de sua história. Em 2023, o saldo havia sido negativo em 9.212 postos.

Dos 24 segmentos da indústria gaúcha de transformação, 15 abriram vagas em 2024, com destaque para aqueles ligados à reconstrução pós enchentes, como veículos automotores (2,4 mil vagas a mais), móveis (1,2 mil) e manutenção e reparo de máquinas e equipamentos (813). “A enchente de maio mostrou a resiliência do nosso Estado na disposição de recuperar tudo o que foi perdido, com a indústria liderando a criação de vagas para a reconstrução do RS”, analisa o presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier.

No ranking geral, os setores que lideram a criação de postos são: veículos automotores (2,4 mil), produtos de metal (1,6 mil) e borracha e plástico (1,4 mil). Os setores com menor fôlego foram: couro e calçados (menos 2,3 mil vagas), outros equipamentos de transporte (menos 2,3 mil) e vestuário e acessórios (menos 775).

O Rio Grande do Sul apresentou variação positiva no emprego em relação ao total de trabalhadores (2,3%). O resultado foi inferior à variação nacional (3,7%) e também dos outros dois estados da região Sul, Santa Catarina (4,3%) e Paraná (4,1%).

DEZEMBRO
No último mês do ano, o RS fechou 28,4 mil postos de trabalho. A indústria foi responsável pela maior cota, com 16,2 mil vagas a menos, seguida de serviços (-7,9 mil) e agropecuária (-4,3 mil). Apesar do efeito esperado para dezembro, o resultado do mês foi superior ao do mesmo período de 2023, quando 29,6 mil vagas foram extintas.