O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) iniciou 2025 com deflação de 0,39%, conforme dados divulgados pela Assessoria Econômica da Farsul nesta quinta-feira (6/3).
Essa queda é um reflexo da redução nos custos com silagem, concentrado e, principalmente, com energia elétrica. O bônus de Itaipú recebido em janeiro fez com que a tarifa de energia dos produtores tivesse uma queda de 19%. Essa redução foi o suficiente para contrapor a inflação de outros itens da cesta, como os fertilizantes, que tiveram aumento de 2,7%, e os combustíveis (aumento de 0,19%, influenciado pelos reajustes da Petrobrás). A queda do dólar também ajudou a segurar a alta destes itens.
O desempenho do ILC neste começo de ano não diverge significativamente do Índice de Preços ao Produtor Amplo – Disponibilidade Interna (IPA-DI), que avalia o comportamento de uma cesta de commodities.
Em 2024, o primeiro trimestre do ILC trouxe forte deflação, que foi sendo corrigida ao longo do ano, até encerrar o período com inflação acumulada superior à do IPCA. O relatório aponta que “o indicador em janeiro apresentou uma alta de 12,45% em seu acumulado dos últimos 12 meses, indicando que, apesar da deflação na primeira leitura de 2025, o índice permanece em níveis elevados. Os insumos da cesta do ILC mostram aumentos significativos em seus acumulados, com destaque para os fertilizantes (32,3%), silagem (15,5%), concentrado (9,8%), combustíveis (7,3%) e energia elétrica (2,3%).”
Para fevereiro, espera-se uma queda nos preços da soja e do milho. Os combustíveis podem ter seu preço contido pela desvalorização do dólar e pela menor cotação do petróleo, mas os fertilizantes podem manter uma tendência de alta, visto que o cenário internacional dos preços dessa commodity não tiveram mudanças significativas.
