A perícia nos áudios dos interfones do Condomínio Vivendas da Barra no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco só foi feita um dia após a divulgação do caso pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e ficou pronta em cerca de 2h25. A análise das conversas entre um funcionário da portaria e moradores da casa 65/66 foi solicitada oficialmente às 13h05m11s de ontem. Por volta das 15h30, após a perícia, o Ministério Público (MP) afirmou que o porteiro mentiu ao dizer, em depoimento, que um dos acusados do homicídio, Elcio Queiroz, havia pedido para ir na casa 58, que pertence ao presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, todas as sete perguntas feitas pelo MP para os peritos fazem referência à casa 65/66, de Ronnie Lessa, acusado de participar do crime junto com Queiroz. Os dois estão presos desde março de 2019. No ofício do MP, encaminhado ontem à coordenadora de Segurança e Inteligência do MP do Rio, Elisa Fraga de Rego Monteiro, não há nenhuma questão sobre a casa 58 – como é presidente, Bolsonaro só pode ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal.
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