Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Gregório Duvivier sugeriu a hacker nomes da alta cúpula da Globo, diz PF. Em troca de mensagens, humorista diz a invasor que informação sobre a direção da emissora 'poderia ser bem forte'; por Thiago Bronzatto e Laryssa Borges/VEJA

Detalhes Notícia
O humorista Gregório Duvivier protagonizou conversas amistosas com o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por roubar mensagens privadas de autoridades da República, e sugeriu nomes de figurões da Rede Globo como possíveis alvos das interceptações, segundo relatório da Polícia Federal encaminhado à Justiça Federal.

O primeiro contato entre Delgatti e Duvivier, diz a PF, ocorreu no dia 14 de julho de 2019. No computador do hacker foi encontrado um atalho chamado “GREGORIO DUVIVIER.Ink” com diálogos do humorista obtidos dentro do aplicativo Telegram. O teor das conversas foi encaminhado pelo hacker a Duvivier, que respondeu com ironia. “Feliz de conhecer o hacker”, disse no fim da manhã daquele dia 14 de julho.

Na troca de mensagens entre Delgatti e Duvivier, o humorista recebe a informação de que o teor das mensagens de autoridades hackeadas foi passado ao jornalista Glenn Greenwald por “livre e espontânea vontade” e, na sequência, estimula o hacker, afirmando que ele iria “mudar o destino do país” ao revelar as conversas impróprias de procuradores da Lava-Jato e do então juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro.

Na sequência, Duvivier pergunta se haveria algo de comprometedor contra a família do presidente Jair Bolsonaro – ou, em suas palavras, sobre a “família bolso”. Diante de uma resposta negativa, o comediante instiga o hacker sobre outras potenciais vítimas. “Tem algo da Globo?”, questiona Duvivier.

 

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