O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, concedeu entrevista ao programa Bom Dia na manhã desta segunda-feira e voltou a enfatizar a importância da aprovação do pacote de reformas. Leite citou que o Estado tem um déficit previdenciário de R$ 12 bilhões. O número foi classificado como “monumental” pelo dirigente do Executivo gaúcho.
“A despesa que o Rio Grande do Sul tem com a previdência é grande. O servidor contribui, o Estado contribui e ainda assim faltam R$ 12 bilhões. Nós acabamos usando o dinheiro dos impostos, que deveriam voltar em investimentos e serviços, para conter esta conta. O RS tem o maior déficit do país e para efeitos de comparação com o estado mais próximo, que é o Paraná, onde o déficit é de R$ 6 bilhões. Quer dizer, nós temos o dobro. Se não aprovarmos a reforma, os gaúchos pagarão mais e ganharão menos. Vamos ser obrigados a sustentar um déficit que já é monumental”, disse Leite.
Eduardo Leite ainda comentou que o servidor gaúcho é punido duas vezes com a atual condição financeira do Rio Grande do Sul. “Trabalhamos com honestidade e franqueza quando falamos que o Rio Grande do Sul precisava enfrentar os temas que mais impactam na sua despesa. Entre eles está a folha de pagamento, temos um comprometimento acima de outros estados. Temos que fazer isso em benefício dos próprios servidores, até porque eles pagam duas vezes, com salários parcelados e impostos que precisam ser cobrados. O servidor é punido porque o Estado não consegue investir e dar a ele mais colegas que possam cumprir a missão e a outra punição ocorre no sentido de que ele não consegue ter os serviços adequados”, explicou.