Numa tarde chuvosa em Chattanooga, a fila para o comício de Mike Bloomberg dava volta no quarteirão. Onze semanas desde que começou sua campanha, o ex-prefeito de Nova York e o 12.º homem mais rico do mundo, já é bem conhecido no Tennessee.
Esta foi sua quarta visita ao Estado, um dos 14 onde votações primárias serão realizadas em 3 de março. Ele também vem dominando as transmissões via rádio e TV com anúncios que se repetem sem parar, tecendo críticas a Donald Trump, falando do seu mandato como prefeito de Nova York, do apoio filantrópico ao controle de armas e políticas de combate ao aquecimento do clima. “É quase similar ao que ocorreu com Obama”, disse um aposentado de Chattanooga, maravilhado com o tamanho da multidão.
A singularidade da campanha de Bloomberg atraiu muito desdém. As primárias presidenciais tradicionalmente são decididas pelos primeiros quatro Estados onde elas são realizadas, em razão de sua entrada tardia na disputa, ele aguarda este ciclo terminar sem poder fazer muita coisa. Sua posição política, como ex-republicano, que outrora foi sinônimo de um policiamento racialmente desumano, também é inadequada para muitos comentaristas de esquerda. Mas bilionários que enriqueceram pelo próprio esforço tendem a não ser ruins em reconhecer suas probabilidades. E, enquanto seus rivais se digladiavam em Iowa e New Hampshire, sua campanha agressiva nos Estados participantes da Super Terça tem produzido o maior e mais rápido aumento nas pesquisas.
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