Porto Alegre, segunda, 16 de setembro de 2024
img

Governo reforça segurança cibernética após ataques de hackers

Detalhes Notícia
Decreto do governo federal estabelece diretrizes para que órgãos públicos se protejam melhor de invasões e ataques feitos pela internet. Sala de Situação, do Banco do Brasil, em Brasília: instituição foi alvo de ação de hackers que tentaram invadir seus sistemas Foto: Ana Carolina Moraes Melo/BB

Um ataque cibernético noturno levou a Caixa Econômica Federal a tirar do ar, em agosto, os cadastros de FGTS, seguro-desemprego, Bolsa Família e aposentadoria que contêm informações pessoais de milhões de brasileiros. No Banco do Brasil, um hacker furtou, em dezembro, R$ 524 mil da conta da prefeitura de Iguape, no litoral paulista. Às pressas, a instituição financeira estornou o valor e montou ofensiva para dobrar a vigilância nas mais de 5 mil contas de cidades que recebem o dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Nos últimos meses, invasores ainda tentaram entrar nos dados de mais de 30 milhões de contribuintes guardados pela Receita Federal. Se tivessem sucesso, conseguiriam informações guardadas por sigilo fiscal, como dados bancários. Nem mesmo o Exército escapou. Após vazar a informação de que, em um seminário de segurança cibernética, foi dito que a instituição era pouco atacada, houve um bombardeio de hackers tentando entrar no sistema. Oficiais dizem que o objetivo não era roubar informações, mas demonstrar que nenhum sistema é inviolável.

Tentativas de invasões puseram o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em alerta constante. Em novembro, o site do órgão sofreu um ataque. O ONS se adiantou para informar que o sistema de operação não havia sido atingido, descartando a possibilidade de apagão nas cidades. Um ataque coordenado aos sistemas internos do ONS poderia até mesmo deixar o País às escuras.

Leia mais em O Estado de S.Paulo