Porto Alegre, domingo, 28 de abril de 2024
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Auxiliares temem aconselhar Bolsonaro

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Amigos e assessores evitam conversas francas com presidente, o que aumenta risco de chefe do Executivo se isolar e entrar em polêmicas Foto: Isac Nóbrega/PR

Dos amigos do tempo de quartel a jovens assessores, o núcleo de auxiliares do presidente Jair Bolsonaro passou a evitar conversas francas com o “capitão”. A dificuldade de falar abertamente sobre seu comportamento público, indicar deslizes e enxergar futuros problemas políticos ficou evidente no começo deste ano, diante de um congestionamento de crises, e ganhou proporção ainda maior com o novo coronavírus.

No manual de sobrevivência do poder, apontar exageros nas teorias de conspiração que entram no Palácio do Planalto é risco máximo. Tanto que assessores moderados se calaram quando o presidente começou a escrever, em conversas num grupo de WhatsApp, que a China tinha interesses na pandemia por razões comerciais.

A declaração se tornou pública na boca de outro Bolsonaro. Na noite de quarta-feira, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) escreveu no Twitter que a “ditadura” da China escondeu “algo grave” e era culpada pelas mortes. O filho do presidente teve de ouvir críticas do embaixador da país asiático no Brasil, Yang Wanming, e da própria embaixada chinesa, que respondeu, no Twitter, que o ataque era de quem contraiu um “vírus mental”.

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