Porto Alegre, domingo, 10 de novembro de 2024
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No Rio, favelas esperam a chegada do vírus sem água e com aglomerações

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Circulação de moradores diminuiu pouco nas comunidades, onde muitos não têm como lavar as mãos. Tércio Teixeira/FOLHAPRESS

Por vários dias na última semana, Mayara Alves, 39, e seu marido ficaram acordados até de madrugada. À 1h, quando o movimento já não era tão grande na favela da Rocinha, eles começavam o sobe e desce na ladeira entre sua casa e a única bica que jorrava água. Com os baldes carregados, o casal e os dois filhos tomavam banho agachados em uma bacia, para depois aproveitar o restante como descarga. A roupa suja que já não tinha mais onde colocar, Mayara confinava em sacos de lixo para evitar contaminação.

Todo o cuidado é para impedir ao máximo o contato das duas crianças, que têm dermatite atópica e, portanto, a imunidade baixa, com a rua. Mas vinha sendo difícil fazer isso sem poder lavar as mãos por quase três semanas, até sexta (20), e com as vias da comunidade movimentadas.

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