Porto Alegre, sexta, 20 de setembro de 2024
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O apelo da Itália para Bolsonaro liberar máscaras bloqueadas no Brasil: 'Começamos a contar mortos'; O Estado de São Paulo

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Carta enviada pelo embaixador italiano Francisco Azzerello a Paulo Guedes foi obtida com exclusividade pelo 'Estado'. Equipes de Saúde italianas estão sofrendo com a falta de máscaras. Foto: Alessandro Grassani/The New York Times

“Os hospitais trabalham há dois dias sem, repito, sem máscaras e começamos a contar mortos entre as heroicas equipes médicas de todas as categorias que trabalham contra a epidemia.”

O site do jornal O Estado de São Paulo revela a fala em tom dramático que retrata o cenário com o avanço do novo coronavírus na Itália, país que lidera mortes pela doença – são mais de 6 mil – e possui cerca de 64 mil infectados. Em Bergamo, província italiana mais afetada pela pandemia, rodaram o mundo imagens de caixões que se acumulam em funerárias e igrejas. O quadro de devastação e colapso do sistema de saúde foi descrito pelo embaixador italiano Francesco Azzerello a ministros do governo brasileiro, como forma de apelo pela liberação de máscaras que estavam bloqueadas no aeroporto de Guarulhos (SP). O pedido deu resultado, e o material seguiu viagem.

A carta foi obtida com exclusividade pelo Estado e estava direcionada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, mas também chegou na última semana às mãos do responsável pela Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O governo italiano pedia a liberação de 2 milhões de máscaras para uso de profissionais da saúde. O produto serve para apenas um dia, diz a carta, mas Azzerello recorre ao “senso de humanidade” e cita cooperação com o “irmão amigo e povo do Brasil”. 

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