Isolado e assistindo ao crescimento de uma onda de desgaste na própria militância bolsonarista, o presidente Jair Bolsonaro decidiu radicalizar o discurso. Pressionado pelas redes sociais, buscou apoio de quem lhe ajudou a chegar à Presidência: o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A presença de Carlos no Palácio do Planalto, inclusive, assusta profissionais que lá trabalham. Há preocupação de que o “pitbull do pai” busque identificar assessores “desalinhados” ao governo.
A mudança de tom de Bolsonaro ganhou evidência com a repercussão negativa da medida provisória enviada ao Congresso que permitia empresários suspenderem contratos de trabalho por quatro meses. Até aquele momento, Bolsonaro tentava uma conciliação com membros do Congresso e do Supremo. Porém, as críticas duras após o envio da MP colocaram um ponto final no diálogo. Aconselhado pelos filhos, Bolsonaro se amparou no discurso ideológico para reverter sua base de apoio.
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