Um bafo muito quente, turbinado por dois ventiladores no chão, sai de dentro de uma palafita de dez metros quadrados, na comunidade do Bode, no bairro do Pina, zona sul do Recife. Lá, onde Verônica da Silva Lucena, 31, mora com duas filhas pequenas e o marido, a vida ainda não parou. Segue com ar de normalidade por absoluta falta de opção. “É insuportável. É muito, muito, muito quente. Não temos condições de ficar em casa o tempo inteiro. Entre aqui e sinta”, convida Verônica.
A sensação térmica dentro de uma palafita, acima dos 35 graus, é terrível. No interior da casa de madeira, equilibrada em pedaços de paus fincados no rio Capibaribe, símbolo da cidade, a ventilação natural é quase nula.
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