Porto Alegre, sexta, 26 de abril de 2024
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Polícia do RS investiga advogados por uso de atestados falsos para soltar presos

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Esquema no Rio Grande do Sul é suspeito de se aproveitar da pandemia para libertar presos Esquema no Rio Grande do Sul é suspeito de se aproveitar da pandemia para libertar presos Foto: Flavio Lo Scalzo/Reuters

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul abriu investigação para apurar a conduta de advogados que estariam utilizando atestados médicos falsos para encaminhar pedidos de soltura de apenados gaúchos. Eles alegaram que os clientes estariam nos grupos de risco do novo coronavírus. O inquérito foi aberto após ter circulado áudios em grupos de WhatsApp que indicam o esquema fraudulento.

No fim de março, a Justiça de Camaquã, na região metropolitana de Porto Alegre, acatou recurso da defesa e concedeu prisão domiciliar para um detento, que cumpria pena por assassinato. Na decisão, o juiz considerou que o apenado corria riscos por ter diabetes, conforme atestava o falso laudo médico apresentado. Após a soltura, o advogado comemorou o despacho, conforme um dos áudios examinados pela investigação.

“O plantão acabou de mandar uma decisão aí ô, de um cliente lá de Camaquã, imagina cidade lá do interior. Esse louco aí já responde um tráfico e lá em Camaquã tá respondendo um duplo homicídio qualificado. Apresentamos um laudinho frio, frio, friozinho, lá do Hospital de Clínicas, mas bem feitinho ali, de diabetes, que ele tinha diabetes e cantou (sic)”, mencionou o advogado.

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