Porto Alegre, quinta, 19 de setembro de 2024
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Gustavo Ene diz ser impossível prever o impacto do Covid-19 na economia. Secretário do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Serviços e Inovação participou em webinar do LIDE RS

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Gustavo Ene está preocupado com o desemprego, diante das mais de 380 mil micro e pequenas empresas gaúchas, que poderão fechar as portas nos próximos meses. Foto: Ministério da Economia

“O Rio Grande do Sul não está preparado para pico dos casos do coronavírus que deverá ocorrer no final do mês de maio, podendo se estender, em um estágio mais grave, para a entrada do inverno”, avalia o secretário do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, Gustavo Ene, ao participar, neste final de semana, de webinar ao vivo com empresários do LIDE RS, sobre os desafios do Ministério da Economia diante do cenário atual da pandemia pelo Covid-19.

O secretário alerta para o fato de que o Estado não avançou em sua preparação para um possível pico da doença, citando como exemplo a construção de hospitais de campanha. Também considerou a preocupação com o desemprego, diante das mais de 380 mil micro e pequenas empresas gaúchas, que poderão fechar as portas nos próximos meses. Para ele, os pequenos negócios têm sido o foco do Governo Federal e para eles muitas medidas estão sendo instituídas, principalmente porque “com todas as incertezas nas áreas da saúde e economia, é impossível medir todos os impactos negativos originados pela pandemia do Covid-19”.

Também participaram da live o ex-ministro Luiz Fernando Furlan, o presidente da Marcopolo, Mauro Bellini, e o presidente do Sindihospa, Henri Chazan, para quem a situação “catastrófica” prevista para a economia brasileira, já está alcançando de maneira muito especial os hospitais. Chazan enumerou três motivos para sua atual preocupação: o custo econômico com falta de clientes (adiamento das cirurgias, dos exames de rotinas, entre outros); dificuldades para a compra e entrega de equipamentos de proteção individual e os altos custos mantidos pelos fornecedores; e, por último, a preocupação com as notícias incessantes na imprensa sobre o contágio e morte de quem está na linha de frente de atendimento dos doentes, afetando psicologicamente as equipes médicas.

Para o presidente do LIDE RS, Eduardo Fernandez, neste momento de grandes transformações é necessário que a entidade continue promovendo debates semanais online, como este, ouvindo pessoas que estão diretamente envolvidas na busca de soluções dos problemas atuais. “Reconhecidos nomes do universo corporativo e do setor público acolheram nosso convite para compartilhar conhecimento nas próximas semanas e juntos podermos atuar de forma efetiva no esclarecimento da sociedade”, conclui.

Presidente do LIDE RS, Eduardo Fernandez, acompanha depoimento no webinar.