Porto Alegre, quinta, 19 de setembro de 2024
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RS: Sem os efeitos diretos da crise da Covid-19, ICEC de março avança na margem puxado pelas expectativas

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Retração no subindicador de investimentos pode sinalizar mais cautela diante da incerteza que aumentava com o coronavírus no final de fevereiro. Foto: Pâmela Riboli

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC-RS) de março foi divulgado nessa quinta-feira,  23 de abril, pela Fecomércio-RS. O resultado da pesquisa mostra o terceiro avanço mensal consecutivo do índice, que registrou 124,7 pontos, com aumento de 1,3% ante fevereiro. A elevação na margem foi puxada pelo aumento do indicador das expectativas (IEEC), que avançou 3,5% ante fevereiro, marcando 156,4 pontos. O indicador de condições atuais (ICAEC) ficou estável na margem, com 112,3 pontos e o indicador relativo a investimentos (IIEC) teve variação negativa pequena, de -0,5%, com 105,5 pontos.

“Estamos olhando para as respostas dadas nos últimos dez dias de fevereiro. Naquele momento, as expectativas dos empresários do Comércio pareciam estar voltadas aos sinais que a economia brasileira dava de recuperação – emprego formal avançando, crédito em expansão e inflação controlada. Não se imaginava ainda as proporções que os efeitos do coronavírus poderiam tomar dentro do país”, explicou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

A pesquisa também mostrou que, apesar do IIEC ter uma variação pequena, o movimento do subindicador de nível de investimento teve queda na margem de 3,6%, depois de cinco altas mensais seguidas, o que deixou o indicador novamente no patamar pessimista, com 97,4 pontos. “Se por um lado as expectativas aumentaram, a intenção do nível investimento, que já era cautelosa, parece ter passado por uma primeira ponderação. Isso porque, embora os efeitos no Brasil ainda fossem desconhecidos e não se imaginasse o tamanho do problema, a incerteza quanto ao efeito sobre a economia global, e suas consequências, ganhava cada vez mais força. Os resultados dos próximos meses devem refletir na confiança a realidade que estamos enfrentando nessa crise sem precedentes que se desenhou”, concluiu Bohn.