Porto Alegre, quinta, 19 de setembro de 2024
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Solidariedade ameniza drama do coronavírus nas periferias da Capital; Sul 21

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Todo sábado, a Casa Emancipa Restinga entrega marmitas e cestas básicas pelo bairro da zona sul de Porto Alegre. Foto: Divulgação/Casa Emancipa Restinga

Embora os casos graves causados pelo novo coronavírus não escolham raça, etnia ou classe social, é consenso que a atual crise tem maior impacto nas populações mais vulneráveis, tradicionalmente alijadas de bons serviços de saúde e necessidades básicas de subsistência. A própria estratégia de isolamento social, importante para reduzir a propagação do vírus, acaba afetando particularmente as pessoas mais pobres, com maior dificuldade em ganhar seu sustento. Nesse contexto, ações de solidariedade têm crescido nas periferias de Porto Alegre, com a intenção de minimizar os impactos decorrentes da pandemia que assola o mundo.

Na Vila Cruzeiro, o líder comunitário Cleber Moraes da Silva, de 35 anos, logo nos primeiros dias da implementação das medidas de isolamento social, começou a rodar pela comunidade com um carro de som para divulgar a importância da ação. Agir um prol dos moradores da Cruzeiro não é novidade para Silva. Há tempos que ele e colegas, por meio dos coletivos Periferia Move o Mundo e a Frente de Favela Brasil, arrecadam alimentos para instituições assistenciais da região, trabalho que os tornou referência no bairro. Logo após as primeiras medidas adotadas pela Prefeitura de Porto Alegre relativas ao fechamento do comércio e a restrição na circulação de pessoas, o líder comunitário diz que a falta de comida se fez realidade na Cruzeiro. Segundo ele, desmoronou aquela ideia do “falso empreendedor” — pessoas simples que se obrigam a praticar o pequeno comércio como modo de sobrevivência.

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