Porto Alegre, sábado, 16 de novembro de 2024
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Militares dizem que Bolsonaro virou presidente 'zumbi': 'Tudo tem limite'

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Oficiais-generais avaliam que presidente não recupera mais capital político após saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro, durante cerimonia do Dia do Soldado, no QG do Exército Foto: DIDA SAMPAIO / ESTADÃO

Oficiais-generais ouvidos pelo Estado avaliaram que o governo de Jair Bolsonaro terá dificuldades de se levantar após a despedida de Sérgio Moro do cargo de ministro da Justiça. Eles se disseram “perplexos” e “chocados” com as declarações do ex-juiz da Lava Jato acusando o presidente de interferência na Polícia Federal e fraude.

Um dos militares disse que Bolsonaro virou, no mínimo, um “zumbi” no Palácio do Planalto e Moro saiu ainda maior na sua condição de “ícone” da nova política. “Tudo tem limite”, afirmou um dos generais à reportagem. Outro disse que o presidente cometeu “suicídio” e não recupera mais seu capital político.

O tamanho do problema ainda está sendo avaliado, mas todos ressaltam que as consequências são “imprevisíveis”. O que joga principalmente contra Bolsonaro, neste momento, é a credibilidade de Sérgio Moro. Portanto, mesmo que o governo ou o Palácio tente exigir que o ex-juiz da Lava Jato prove o que falou a credibilidade de Moro e o seu comportamento têm peso muito mais forte e fala por si.

À reportagem, os militares avaliaram que os sinais dados por Bolsonaro, além da questão da sucessão e interferência na Polícia Federal, são “péssimos” e se movimentam no rumo de setores da política “nefastos”, isto é, a “velha política” que ele mesmo condenou.

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