Porto Alegre, quinta, 19 de setembro de 2024
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Grandes empresas viram 'bancos' de fornecedores que não obtêm crédito; O Estado de São Paulo

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Vale, Renner e a Bosch decidiram antecipar pagamentos a clientes de menor porte que ficaram sem caixa, mas que não tiveram acesso a linhas emergenciais de financiamento. Complexo da Vale no Pará; empresa antecipou pagamento de cerca de 3 mil pequenos e médios fornecedores. Foto: Ricardo Teles/Vale

 

 

A dificuldade apontada pelas pequenas empresas em acessar as linhas de crédito emergenciais do governo fez recair sobre os grandes grupos empresariais o papel de financiador das atividades de seus fornecedores e distribuidores. Enquanto, de um lado, houve dilatação nos prazos de cobrança dos clientes da distribuição que tiveram estabelecimentos fechados nas cidades em quarentena, de outro, a necessidade de garantir o fluxo de suprimentos no retorno das atividades vem exigindo a antecipação de pagamentos a fornecedores que sofrem com a insuficiência de caixa em razão do longo período de interrupção dos pedidos.

Linhas de antecipação de recebíveis foram abertas por empresas de diferentes cadeias produtivas como a mineradora Vale, a varejista Renner e a fabricante de autopeças Bosch.

“Várias iniciativas de crédito foram lançadas, mas sem efetividade. Até agora, a indústria consegue funcionar sem grandes quebras de abastecimento em razão, simplesmente, de um grande acordo interno, pelo qual um ajuda o outro”, comenta Fernando Pimentel, presidente da Abit, entidade que representa a indústria de produtos têxteis, um setor que chegou a manter apenas um terço do parque produtivo ativo em meio à paralisação do comércio de vestuário.

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