Em quase duas horas de reunião, no dia 14 de julho, aberta pelo presidente da Câmara de Vereadores Reginaldo Pujol (DEM) , o grupo Live Marketing RS apresenta ao legislativo municipal o seu projeto, a partir de cinco eixos: Apresentação da proposta e trajetória (Rodrigo Machado), Número dos eventos (Roberto Rimoli), Atividades – pesquisa – protocolos (Ana Leite), O que pedimos? (Ana Leite), Situação das equipes/realidade dos trabalhadores (Eliana Azeredo), Como estão os setores? (Vinicius Garcia) e o Projeto Piloto de um evento em Poa (Adriane Hilbig e Noemia Matsumoto). O presidente, além de saudar os integrantes do Núcleo Central reafirmou por, no mínimo, três vezes a importância do encontro, da abertura do diálogo e, em especial, pela forma de organização do movimento e sua relevância no cenário sociocultural e econômico do município. Junto, a seu lado, estava Carlos Siegle, conhecido por Nenê, representando o Estado do RS. Em seguida passou a palavra ao Rodrigo Machado, que expôs a trajetória do grupo desde 2017 e seus principais passos. Logo depois, Pujol dividiu a coordenação dos trabalhos com Machado, que encaminhou o item segundo da pauta à Roberto Rimoli. E assim sucessivamente. Depois da exposição do Núcleo, os vereadores começaram a se manifestar.
O primeiro a falar foi o vereador Mendes Ribeiro (DEM), que alega que compreende a dificuldade do setor e, ao mesmo tempo, se solidariza à causa, “torcendo que isso tudo passe o mais rápido possível”. Também reafirma que “tudo que estiver ao seu alcance e trabalho”, fará. Após, o vereador Cássio Trogildo (PTB), alegou que em função da pandemia, estavam impedidos de legislar neste momento, mas que a bancada de seu partido, estava sensível ao movimento e também à disposição para continuar a conversa em outros momentos.
A vereadora comandante Nádia (DEM) reafirmou que saúde e economia não são separadas e devem andar lado a lado, para que “as coisas possam acontecer no município e no estado” e reforça: “vocês têm falado em dignidade, mas infelizmente, o setor de vocês foi o primeiro parar e provavelmente, o último a abrir”. Mas, a construção de cada um dos membros do Live Marketing, construiu algo que pode ser entregue à cidade com toda a segurança, cuidado e controle, enfatiza. Para Nádia, “trabalhar sem previsão de abertura, deixa todos ansiosos, até porque não se tem certeza quanto tempo para garantir a empresa e os empregados”. E arremata: “o governo não gera riquezas, os governos gerenciam os valores que vocês colocam”.
Airto Ferronato (PSB) destacou a maneira didática de apresentação e adiantou que votou contra a abertura de muitas empresas e complementa que a gestão por decreto é mais rápida, contudo disse que “somos amplamente favoráveis a existência e sobrevivência da manutenção das empresas”. Alega que o governo federal deveria estabelecer os parâmetros de quem abre e porquê, da mesma forma de quem fecha. E exemplificou que clubes de futebol podem, academias não. Eventos não podem, mas outros podem. “Precisamos de regras”, abrir com critérios, finaliza.
A importância da conferência, critérios justos para todos, conquistas do grupo no processo e o aprendizado do que ouviu foram os destaques da vereadora Lourdes Sprenger (MDB). Mauro Zacher (PDT), que também foi contra a abertura aleatória parabenizou pelo pacto do coletivo, no caminho da retomada segura, garantia das empresas e empregados. E expressou o seu apoio, ressaltando a maturidade do grupo. Ricardo Gomes (DEM), além de cumprimentar pelo material apresentando, enfatizou que os empresários do setor são geradores de impostos, geradores de empregos, que têm uma proposta razoável com embasamento técnico e que: “vocês baterem na porta do poder público, para poder trabalhar é quase ofensivo”. Até porque pra ele, “não existe setor seguro e sim condição segura – e vocês estão propondo”. Também se solidarizou e afirma que está junto nesta demanda.
Infelizmente, o vereador Adeli Sell (PT), presente na reunião, teve algum problema de conexão e não conseguiu retornar. Impressionado com a qualidade da apresentação, o vereador João Carlos Nedel (PP) externou também seu apoio e o da bancada de seu partido. O vereador Márcio Bins Ely (PDT) parabenizou a equipe e se colocou à disposição para colaborar com as discussões e encaminhamentos do movimento. Felipe Camozzato (NOVO) cumprimentou os representantes pela ótima exposição e anunciou seu apoio incondicional. O vereador ainda acredita que “o setor de eventos é fundamental e diverso demais para ser o primeiro a fechar e o último a abrir. Há caminhos e precisamos permitir o trabalho responsável como ficou evidente na organização de vocês”.
Para Mauro Pinheiro (PL), a forma inovadora e postura são aspectos evidentes, “pois vocês buscaram soluções com organização”. Tem o meu apoio, registra o vereador. A vereadora Cláudia Araújo (PSD), depois que teceu uma série de elementos que a fazem ser favorável a abertura das empresas, declarou seu apoio ao movimento. Um dos mediadores para a concretização deste encontro, o vereador Valter Nagelstein (PSD), afirma que a angústia dos empresários do setor é a dele e reiterou “estar junto desde março”. Seu apoio também é certo.
Por fim, Reginaldo Pujol confirmou a continuidade deste debate e desenvolvimento de propostas com a administração pública, Câmara de Vereadores, sociedade e entidades para abrir logo os caminhos. “Com certeza, nós, vereadores, ativistas culturais, empresários do setor, administração municipal e estadual haveremos em muito breve ter uma ação programada e direcionada para buscar o caminho e sair desta crise. O dia de hoje, a nossa reunião, com um grau de improvisação – todos nós – sairemos desta crise de uma forma clara, objetiva e histórica”.
