Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Videoconferência debate importância dos portos gaúchos para o agronegócio. Atividade foi promovida pela Câmara Temática do Mercosul e Comércio Exterior

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Os portos são importantes para receber fertilizantes e exportar a produção agrícola do Estado - Foto: Fernando Dias/Ascom Seapdr

 

“A importância dos portos do Rio Grande do Sul para o agronegócio gaúcho” foi o tema de uma videoconferência promovida pela Câmara Temática do Mercosul e Comércio Exterior, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), nesta terça-feira (14/7). A apresentação foi feita pelo superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul (Portos RS), Fernando Curi Estima. O diretor de Política Agrícola e Desenvolvimento Rural da Seapdr, Ivan Bonetti, coordenou a atividade, que contou com a participação de cerca de 70 representantes de setores públicos e privados da cadeia agropecuária do Estado.

O secretário Covatti Filho abriu a reunião virtual, afirmando que o Porto de Rio Grande é a principal saída de produtos do Estado, por isso a necessidade de ter ações voltadas à melhoria de sua infraestrutura. “É um canal fundamental para o agronegócio e importante para termos evoluções no Mercosul”, disse.

Estima abordou a importância para o agronegócio dos terminais privados e concedidos. Segundo ele, diferente de outros estados, onde os portos são da União, no Rio Grande do Sul existe um convênio de delegação. “Os portos federais são chamados docas, e o nosso é um porto delegado da União para o Estado, via convênio, de operação conjunta. O que permite que o Rio Grande do Sul utilize as estruturas portuárias como uma estratégia de desenvolvimento, tanto para o agronegócio quanto pra todo o restante (polo petroquímico, indústria metal-mecânica, veículos, entre outros)”, explicou.

A superintendência, conforme Estima, está trabalhando no sentido de unificar e aumentar o diálogo e a integração das diferentes políticas públicas. “Porque seguidamente se faz uma política de irrigação, de melhoria de resultados na agricultura, e se esbarra na incapacidade de armazenamento ou exportação”, disse.

Conforme Estima, isso ocorre na importação também, porque boa parte dos insumos que compõem a indústria de fertilizantes passa pelos portos. “Então o porto é importante para receber o que fertiliza a terra gaúcha e para conseguir exportar e ganhar o mercado internacional para todos os nossos produtos”, declarou. Nesse sentido, é buscada uma integração das políticas públicas entre as secretarias da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, de Desenvolvimento Econômico e Turismo e de Logística e Transportes.

Estima destacou ainda a necessidade de melhoria da eficiência e da competitividade na logística. “Percebe-se que o Estado tem uma capacidade produtiva e de pesquisa excelente, mas a logística prejudica o lucro de produtores, devido aos custos elevados dos pedágios, ou por custos portuários acima dos ideais”, apontou.

Para Bonetti, o agronegócio gaúcho teve a oportunidade de conhecer, verificar e questionar o trabalho realizado nos portos, principalmente no de Rio Grande. “A exportação de produtos agropecuários ultrapassou 12 bilhões de dólares em 2019, e importamos cerca de 2,4 bilhões. Logo, saber que nossos portos são eficientes e competitivos foi um grande alívio para este setor, que é responsável por 40% do PIB no Estado”, disse.