Porto Alegre, sábado, 07 de setembro de 2024
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'Tenho muito medo de uma reforma tributária ambiciosa', diz presidente do BB; Folha de São Paulo

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Rubem Novaes também criticou atuação de prefeitos e governadores na pandemia. O presidente do Banco do Brasil Rubem Novaes durante cerimônia no Palácio do Planalto - Adriano Machado - 7.jan.2019/Reuters

 

 

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse nessa sexta-feira (17) ter muito medo de uma reforma tributária ambiciosa. Segundo ele, uma reforma abrangente pode introduzir mais um elemento de insegurança, num momento que já é de incerteza elevada na economia, e o modelo em discussão no Congresso atinge principalmente o setor de serviços, que é o mais debilitado pela pandemia.

Em live promovida pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o executivo defendeu que está na hora de a população voltar a trabalhar e avaliou que prefeitos e governadores não conseguiram estabelecer o equilíbrio correto entre as preocupações com a pandemia e a economia.

Novaes voltou a defender a privatização do banco público e disse que o problema da imagem do Brasil no exterior talvez seja fruto de implicância com governos mais à direita.

“Hoje os empresários e consumidores estão com um nível de incerteza enorme, se você coloca em cima disso uma reforma tributária muito pretenciosa, que vai mexer muito com preços relativos, que vai envolver municípios, estados, governo federal, fica um receio danado de que surjam propostas mirabolantes”, disse Novaes. “Eu tenho muito medo dessa reforma tributária muito ambiciosa que se pretende fazer.”

Segundo o presidente do BB, seria preferível que Paulo Guedes mexesse em poucas coisas, como a fusão da PIS e da Cofins, talvez um IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre bebidas e cigarros e a troca de encargos trabalhistas por um imposto sobre pagamentos com alíquota baixa.

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